Hezbollah rejeita extensão do prazo para retirada de Israel do Líbano
O líder do Hezbollah, Naim Qassem, declarou nesta segunda-feira (27) que o grupo não aceitará nenhuma justificativa para estender o prazo de retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, conforme previsto no acordo de cessar-fogo.
“O que acontece após o período estipulado para a retirada de Israel? Israel deve se retirar porque os 60 dias terminaram. Não aceitamos nenhuma justificativa para prolongar o prazo nem por um momento, nem por um dia”, afirmou Qassem em discurso gravado.
Na última sexta-feira (24), Israel anunciou que sua retirada ultrapassaria o período de 60 dias estabelecido pelo acordo, alegando que os termos não foram plenamente cumpridos pelo Líbano.
Os Estados Unidos, no entanto, informaram no domingo (26) que o acordo de cessar-fogo entre Líbano e Israel seria estendido até 18 de fevereiro, prorrogando o prazo inicialmente definido para 26 de janeiro.
O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, afirmou, durante um encontro com a embaixadora dos EUA, Lisa Johnson, que o país concorda em respeitar o acordo até 18 de fevereiro. Em troca, exigiu pressão internacional para cessar as “agressões e violações repetidas” por parte de Israel e garantir a retirada completa das tropas israelenses dos territórios ocupados no sul do Líbano, segundo comunicado emitido por seu gabinete.
Naim Qassem reforçou a postura contrária do Hezbollah à extensão do prazo: “Ninguém no Líbano pode aceitar a prorrogação da retirada por sequer um momento. Israel deve sair.”
O líder também alertou que qualquer consequência decorrente do atraso será responsabilidade da ONU, dos EUA, da França e de Israel. Qassem afirmou ainda que a “resistência” tem o direito de responder como considerar necessário contra a “ocupação”.
Hezbollah rejeita extensão do prazo para retirada de Israel do Líbano